4ª Revolução Industrial e Monitoramento de Águas Superficiais: Quais são os desafios e
potencialidades?
A quarta revolução industrial, descrita pelo tecnocrata suíço líder do Fórum Econômico Mundial Klaus Schwab em seu livro The Fourth Industrial Revolution, já é uma realidade em diversos setores. O desenvolvimento tecnológico nos campos da inteligência artificial, robótica, internet das coisas (IoT), veículos autônomos, impressoras 3D, nanotecnologias, biotecnologias, ciências dos materiais, armazenamento de energia e computação quântica trará novas possibilidades de como implantar e operar sistemas produtivos. Em relação aos recursos hídricos e sua gestão não é diferente.
Falando de monitoramento de águas superficiais, novas tecnologias de hardwares para obtenção de dados primários e softwares para processamento de grandes volumes de dados brutos e geração de informações relevantes para tomada de decisão tem ganhado destaque. Dentre as tecnologias de hardware, o desenvolvimento de sensores mais versáteis e baratos para monitoramento tanto de parâmetros de quantidade quanto de qualidade da água, com transmissão de dados em tempo real (IoT), tem ocorrido de forma intensa nos últimos anos. Outro hardware que se desenvolveu vertiginosamente foram os drones, que também podem dar suporte para o monitoramento em regiões de difícil acesso, carregando consigo câmeras de alta resolução, podendo ser até com imagem em infra vermelho, além de sensores embarcados.
Por outro lado, a tecnologia de software que mais evolui neste setor é a visão computadorizada. Esta tecnologia faz uso de imagens obtidas por hardwares de câmeras de monitoramento, utilizando conhecimentos sofisticados de ciências de dados e aprendizado de máquinas para identificar os fenômenos relacionados ao corpo hídrico observados pela filmagem. Esta técnica permite uma gama considerável de aplicações a serem exploradas, desde monitoramento para alerta contra inundações até determinação da qualidade da água por meio de observação do comportamento de indicadores biológicos, como peixes e outros seres vivos presentes no ecossistema aquático em questão.
O potencial de evolução de otimização de resultados na implantação e operação de sistemas de monitoramento de águas superficiais por meio de tais tecnologias é expressivo. Com informações mais completas e precisas, melhores escolhas são feitas, propiciando um aproveitamento mais adequado dos recursos hídricos, reduzindo riscos ao meio ambiente e aos usuários do sistema. No entanto, desafios relativos à escalada de uso destas novas ferramentas para utilização difundida em vários sistemas são significativos. Tais tecnologias ainda precisam consolidar-se no meio acadêmico/científico de modo a gerar mão de obra qualificada para trabalhar com as mesmas e garantir acessibilidade econômica para os potenciais usuários, até em localidades mais distantes dos grandes centros econômicos e tecnológicos.
Apesar destes desafios, a tendência é que tais tecnologias estejam cada vez mais presentes na realidade do monitoramento de águas superficiais. Portanto, preparar-se para esses novos desafios torna-se cada vez mais imprescindível para os agentes envolvidos. Este horizonte tecnológico está cada vez mais próximo e tangível. A Sanear busca uma posição de vanguarda no mercado, olhando para este cenário e buscando incorporar tais tecnologias e novos conhecimentos de maneira célere e eficiente para oferecer sempre as melhores soluções para nossos clientes.
Por.: Fábio Nogueira